🚓3- Curso Acompanhamento
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1- ORIENTAÇÕES GERAIS
1.1 - PATRULHAMENTO
Para aqueles quem não tem nenhum certificado ou não pertença a um grupamento que permita o uso solo da viatura, é proibido patrulhar sozinho.
1.2 - PRESERVAÇÃO DA VIDA
Temos algumas situações fora e no acompanhamento que podem acontecer e o que deve ser feito se ocorrerem:
1.2.1 - Colisões e Atropelamentos no Acompanhamento: Secundária ou Terciária verifica se o veículo colidido/atropelado está bem, analisando com bom senso conforme a postura e comportamento cidadão, pode-se pagar para ajudar o mesmo. Caso esteja acompanhando de primária e não há secundária e terciária, grave a placa do veículo acompanhado e pare para ajudar.
1.2.2 - Colisões e Atropelamentos fora do Acompanhamento: Como Policial, seu papel é garantir a segurança do cidadão, logo, caso ocorra de colidir ou atropelar, tem como obrigação auxiliar e arcar com custos caso haja dano material.
1.2.3 - Velocidade das QSVs em CÓDIGO 0: Conforme informado no Tópico 1.2.2, seja responsável no patrulhamento, tenha cuidado com a velocidade da sua viatura para evitar o tópico anterior.
1.3 - COMPOSIÇÃO DA GTM EM OCORRÊNCIAS
Uma unidade GTM representa 2 motocicletas em QRU com carro e 3 motocicletas em QRU com moto.
1.4 - COMPOSIÇÃO DA GRA EM OCORRÊNCIAS
-Fuga de Abordagem / Suspeito Armado / Confirmado Código 5: O Águia prestará apoio independente da categoria do veículo.
-Demais QRU's: Somente S e S+ (4 Rodas ou Motocicleta).
1.5 - CEDER VAGA EM OCORRÊNCIAS
A partir do início do acompanhamento será permitido trocar uma das vagas da QRU (mesmo que cheia) por uma unidade específica (GTM ou SPEED), em até 5 minutos de acompanhamento.
2 - TÉCNICAS DE PILOTAGEM
2.1 - LINES:
Será frequente no dia a dia você ouvir o termo "Line", nome dado para o trajeto que a viatura faz ao acompanhar o indivíduo em fuga.
Os principais pilares para a Line são a abertura e fechamento do ângulo de curva, dosando freio e acelerador, juntamente de tomar decisões que determinarão sua velocidade e posicionamento no acompanhamento, mantendo visual do acompanhado.
Caso se encontre na situação:
- Indivíduo fazendo a line dele e você bater no mesmo e gerar um stall, sendo assim o erro partindo de você, deixar fazer a utilização do kit no motor.
- Indivíduo quinou (bateu) fazendo a line e você estava atrás porém sem possibilidade de desvio bateu e gerou um stall, o erro não partiu de você, logo mantém-se normalmente.
2.2 - CONTROLE DO VEÍCULO SUSPENSO
Executar a manobra 360° graus com a viatura.
2.3 - POSICIONAMENTO VISUAL
Utilize da sua visão periférica central, para acompanhar o indivíduo. Mantendo ele sempre no centro, te ajudará a visualizar futura curvas e direções que ele está indo, mesmo se ele estiver longe.
2.4 - TOMADAS DE DECISÃO NO ACOMPANHAMENTO
Mesmo com a cautela de evitar passar pela calçada ou meio fio, é necessário que se tente ao máximo manter a mesma trajetória do veículo acompanhado. Faça o julgamento se irá seguir ou não, levando em consideração risco de vida (atropelamentos), colisão, perca de velocidade ou perca de angulo de curva.
2.5 - SEMPRE DOSAR FREIO E ACELERADOR
Reduzir a velocidade ou usar freios antes da execução de uma curva, evitando assim que o carro perca o controle (gire na pista).
2.6 - CURVAS
3 - TIPOS DE ACOMPANHAMENTO
A estrutura de um acompanhamento é baseada em: PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA.
I. PRIMÁRIA: Responsável por todo o acompanhamento, pois tem o primeiro visual da QRU, modulação e informações extremamente relevantes para decisão da liberação da progressão de força.
II. SECUNDÁRIA: Responsável por se manter próximo a primária e assumir a QRU caso seja necessário. Além disso, também é responsável por cercos em becos ou locais estreitos, desde que não atrapalhe sua posição principal.
III. TERCIÁRIA: Principal responsável pelo CERCO e demais apoios durante o acompanhamento. Caso ocorra algum acidente envolvendo civis na QRU, a terciária é responsável por anunciar o BREVE QTA e prestar apoio. O retorno a QRU após primeiros socorros é autorizado.
3.1 - ACOMPANHAMENTO VEICULAR:
O acompanhamento veicular policial foca em interceptar veículos em situações suspeitas ou de risco. Essa prática envolve técnicas de tomada de decisão rápida, comunicação e coordenação entre oficiais, visando acompanhar até o COD.4. O acompanhamento deve ser feito de maneira cautelosa e estratégica, seguindo por uma série de lines e becos, sempre se atentando a saltos e demais manobras.
I. PRIMÁRIA: Permanecer no visual, realizar o mesmo traçado do indivíduo, tomar cautela com calçadas quando e com lugares movimentados, ter domínio de localização e utilização do GPS e sempre comunicando direções conforme comportamento das demais unidades (longe ou sem visual).
II. SECUNDÁRIA: Mantém traçado da primária para manter visual caso colidir, assumirá parcialmente as funções da primária quando assumir o visual. Utilizar de adiantamentos curtos ou auxiliar terciária com adiantamentos em caso de becos estreitos e com muitas saídas.
III. TERCIÁRIA: Utilizará do Cerco (antecipações e adiantamentos) para surpreender e reduzir a velocidade do acompanhado. Importante entender que ela deve imaginar e antecipar traçados (lines) que o acompanhado fará para caso a primária perca, prever onde o indivíduo sairá.
3.1.1 - CERCO
O Cerco é uma manobra utilizada para garantir que a primária não perca o visual do veículo acompanhado sendo feito para o veículo acompanhado diminuir a velocidade na saída de um beco para que a primária possa garantir o visual do mesmo.
Em algumas ocasiões é usado junto do GPS em situações onde o veículo acompanhado adentrar um local específico onde só cabe ele e a primária, aguardando na saída para causar a mesma desaceleração.
Ao concluir uma antecipação, evite o uso do 180º para alinhar o capô da viatura com a direção que o acompanhado está indo, ela pode causar colisões e confusões na tomada de decisão do seu companheiro na primária.
3.1.2 - ROADBLOCK
O RoadBlock representa o bloqueio total da rua sendo realizado com viaturas e barreiras com intenção de criar um bloqueio na via, porém esse procedimento não é realizado pela Policia Militar do Cidade Alta.
Porém, caso o indivíduo passe pelo mesmo beco mais de 2 vezes, o cerco pode ser feito com total obstrução do beco passado, de preferência executado pelo grupamento SPEED.
3.1.3 - POSICIONAMENTO PARALELO
Evitem se posicionar um atrás do outro, sigam o posicionamento das QSVs em "paralelo", assim o acompanhamento ficará mais organizado, com tempo de resposta rápido e evitando acidentes.
3.1.4 - ULTRAPASSAGEM
Fazendo o bom uso do posicionamento, conseguiremos ter agilizade na hora da ultrapassagem, fazendo-a limpa e segura, sempre comunicando para todas da QRU terem ciência.
3.2 - ACOMPANHAMENTO A PÉ:
Quando iniciado um acompanhamento a pé, decorrente de stall, capotamento ou qualquer outra situação em que o veículo fica inoperante, é utilizado da “CABEÇADA” para que o indivíduo acompanhado venha a cair no chão. Ao aplicar a manobra tome atenção aos movimentos do indivíduo, pois quem aplicar a cabeçada irá se recuperar rapidamente da queda. Com o indivíduo caído, informe o seu QRA e verbalizar a algema no meliante para sua segurança. O policial pode algemar o indivíduo assim que ele estiver se levantando e efetuar o processo, caso não consiga algemar, continue o acompanhamento a pé, mas NÃO SEGURE pelo braço.
I. PRIMÁRIA: Faz o desembarque e mantém o acompanhamento a pé atrás dos indivíduos, distribuindo-se em cada tripulante e comunicando a localização de cada um para as demais viaturas apoiarem e se dividirem.
II. SECUNDÁRIA: Escolherá um dos acompanhados para adiantar e tentar "dropar" para dar a cabeçada, se mantendo o P1 no veículo para eventuais resgates.
III. TERCIÁRIA: Auxiliará permanecendo no veículo, verificando porta-malas e de olho para que o veículo não seja furtado ou reutilizado pelos indivíduos.
Se o indivíduo utilizar de alguma comunicação (celular ou rádio) na fuga a pé, faça uso de entorpecentes será verbalizado e dado um tempo para cancelar ou se caso tente voltar ao veículo/ser resgatado, será liberado o Taser.
- Nunca utilize o Taser em PNEU.
- É permitido o uso mesmo se o indivíduo estiver molhado.
Mais detalhes sobre resgate no tópico 5.
3.3 - FUGA AQUÁTICA:
Em alguns casos, iremos presenciar esse tipo de fuga, principalmente próximo a região costeira (praias). O procedimento a ser realizado é:
3.3.1 - Caso mostre indícios de jogar o veículo junto na água, verificar a tomada de decisão na progressão de força (tópico 4.3 e 4.4).
3.3.2 - Caso entre na água sem ser com o veículo de maneira proposital, solicitará que o indivíduo saia da água, verbalizando em alto e bom tom 3 vezes, caso o mesmo continue, será feito a neutralização com SOCOS. Se o indivíduo acatar a ordem e sair da água, permanece com a cabeçada e próximas medidas cabíveis.
I. PRIMÁRIA: Acompanhará o indivíduo até a água, verbalizando e aguardando retorno, até que seja liberado e aplicado a manobra de neutralização.
II. SECUNDÁRIA: Fará a comunicação para a terciária de onde os mesmos estão se dirigindo, já que a primária estará sem a comunicação. OBS: Caso o mesmo não jogue o veículo na água, se manterá no veículo, verificando porta malas e permanecendo o mesmo seguro.
III. TERCIÁRIA: Independente da classe do veículo, a primeiro momento a terciária irá manter na orla (areia), dentro da viatura, observando os movimentos do acompanhado, caso haja resgate, ela será responsável por manter pela Orla ou Rodovia, mantendo visual e pedirá apoio da GRA para apoio aéreo, até que o acompanhado estacione em SOLO e retome em fuga a pé ou rendição dos mesmos.
4 - PROGRESSÃO DE FORÇA
Na Policia trabalhamos com a progressão de força a todo tempo, seja em abordagens, negociações e até em acompanhamentos. Porém por se tratar de uma especialidade do grupamento SPEED, quando se trata de 4 Rodas, e especialidade da GTM, quando se trata de 2 Rodas, a preferência por liberar e aplicar os procedimentos a seguir são dessas unidade.
4.1 - QUANDO PROGREDIR
Será progredido conforme as atitudes e comportamentos do acompanhado, a partir do momento que não haja mais a fuga limpa:
A. Dar PIT, bater de propósito.
B. Tentar/Ser resgatado.
C. Tentar/Derrubar GTM (Ou qualquer outro cidadão).
D. Tentar/Jogar na água.
E. Tentar/Derrubar de locais altos.
F. Tentar/Disparar contra a guarnição.
No ponto A, fazer primeiramente a verbalização, ocorreu novamente, progressão.
4.2 - O QUE PROGREDIR
Quando se trata de:
A. Interferência automobilistica (derrubar, bater), será utilizado de PIT e BOX.
B. Interferência automobilistica (com resgate) e/ou com a falta de preservação da vida sem a intenção, utilizado de PIT, BOX e SPIKE.
C. Interferência automobilistica (com resgate pela segunda vez) e/ou com a falta de preservação da vida com a intenção, utilizado de PIT, BOX, SPIKE e CÓDIGO 5 no PNEU.
D. Falta de preservação da vida com a intenção (Derrubar viatura de locais altos, jogar na água o veículo intencionalmente, jogar na água a viatura, disparar na policia ou cidadão com arma de fogo), utilizado do CÓDIGO 5 no INDIVÍDUO.
4.3 - PROGRESSÃO NO VEÍCULO
4.3.1 - PIT
É uma manobra exclusiva do grupamento SPEED, e consiste em um único movimento, para você, você utilizará do vácuo/vento forçando a frente de sua viatura, sem encostar no para-choque traseiro, porém para quem receber, você estará tocando na traseira do veículo, dos pneus para trás. O intuito de desabilitar o veículo acompanhado, fazendo com que o mesmo perca o controle e rode na pista.
4.3.2 - SPIKE
Com o significado Espigão, é colocado uma tira de ferrões bem afiados que tem o intuito de furar todo e qualquer pneu que acabe passando por cima. Requer rapidez e posicionamento rápido para aplicar de forma estratégica para que o veículo fique totalmente desabilitado e consequentemente possa ser aplicado o box total no veículo.
MODO DE UTILIZAR:
- Se mantém a primária, secundária e terciária no veículo acompanhado e as viaturas adicionadas no acompanhamento utilizaram da Spike.
- Caso não haja acréscimo de unidade, a terciária fica responsável pela aplicação da Spike.
-Conforme a primária modula para quem vai SPIKAR, o policial deve modular a rua e se está na mão certa, mão incorreta ou no beco, para que a primária saiba se deve freiar ou desviar para não ser atingida junto.
I. Exemplo de aplicação de SPIKE
Atitude das viaturas acompanhando será de DESVIAR da SPIKE. Caso não dê tempo, FRENAR até parar a viatura e aguardar a SPIKE ser removida.
Exemplo de Mão Incorreta (Caso SPIKE seja na Mão Correta, modular orientando "SPIKE na Mão Correta"):
Mão Incorreta (Modulação seria para Mão Correta caso o veículo estivesse na mão correta):
II. Exemplo de aplicação de SPIKE Via Toda:
Atitude das viaturas acompanhando será de FRENAR até parar a viatura e aguardar a SPIKE ser removida.
Exemplo de Via Toda/Beco:
4.3.3 - BOX
Com o significado Caixa, é realizado um bloqueio em volta do veiculo acompanhado fazendo com que o mesmo fique impossibilitado de movimentar, é posicionado uma viatura na frente e traseira e nas laterais do veiculo acompanhado criando uma caixa com o veiculo acompanhado.
Na maioria das vezes é utilizado em situações após aplicação de PIT e SPIKES, mais recorrente utilização em QRU de "Boosting".
4.4 - PROGRESSÃO NO INDIVÍDUO
Quando não houver a preservação da vida, no caso o indivíduo tentar contra a vida de alguém, será liberado o CÓDIGO 5, tendo em vista que cair de certas alturas, cair na água dentro de um veículo (seja ele se jogando intencionalmente ou jogando um cidadão/policial) ou disparar contra um cidadão/policial são situações contra a vida humana, é libedo o disparo no mesmo.
4.5 - ROUBO DE VIATURA
Antigamente tinhamos como procedimento o CÓDIGO 5 no indivíduo assim que entrasse em uma viatura policial. Atualmente NÃO fazemos mais isso.
O procedimento consiste que quando entre na viatura, acontecerá 2 situações:
• A viatura estará sem chave na ignição e o veículo não andará, nisso será liberado o Taser, e todas as viaturas façam o BOX no mesmo.
• A viatura estará com chave na ignição ou o mesmo passou a lockpick e o veículo andará, nisso será liberado PIT, BOX e SPIKE e após isso CÓDIGO 5 no PNEU.
5 - RESGATE
5.1 - SUSPEITA DE RESGATE
Antes do resgate ser consumado o Policial permanecerá com o Taser na mão e agirá apenas quando o indivíduo abrir a porta de um veículo para ser resgatado ou caso se aproxime de uma moto e inicie o processo de "jogar" as pernas na garupa.
• Taser de maneira correta:
• Taser de maneira errada:
PROCEDIMENTO RESGATE
I. 1 UNIDADE GTM em RESGATE são:
- 5 MOTOCICLETAS quando o veículo de resgate for MOTO.
- 3 MOTOCICLETAS quando o veículo de resgate for CARRO. Então se havia 2 motocicletas atrás de um CARRO e o resgate foi uma MOTO, preenche com mais 3 Motocicletas para completar 5 GTMs.
II. Em ocasiões de SEGUNDO RESGATE o DISPARO no PNEU será apenas LIBERADO por um ALTO COMANDO, caso não for liberado ou não tenha ALTO COMANDO em QRV, permanecerá no procedimento padrão indicado abaixo.
III. Caso estava na QRU e deu QTA pelos motivos de STALL, CAPOTAMENTO, GASOLINA, MOTOR, você poderá retornar caso haja RESGATE ou PRIORIDADE (Se o QTA foi PÓS RESGATE, não é para retornar, só no próximo resgate).
5.2 - QUANDO O VEÍCULO DE RESGATE FOR 4 RODAS
1º RESGATE: É liberado PIT, BOX E SPIKE somente pela SPEED, HC, GTM e ALTO COMANDO, e o acréscimo de 1 unidade ou 2 unidades quando forem veículos S e S+.
- Evitem o erro de procedimentos, não conseguiu fechar o BOX, parte pra próxima tentativa e segue o acompanhamento normalmente.
- Retorna para QRU segundo o Tópico III.
2º RESGATE: É mantido as 5 Unidades e retorna para QRU segundo o Tópico III.
5.3 - QUANDO O VEÍCULO FOR 2 RODAS
1º RESGATE/QUEDA: Tomar atitude conforme a suspeita de resgate ou se o mesmo der indícios de retornar para o veículo 2 rodas. Apenas no caso de RESGATE, será acrescentado 2 Unidades caso seja S ou S+.
2º RESGATE/QUEDA: É mantido as 5 Unidades e retorna para QRU segundo o Tópico III.
CONTEÚDO EXTRA PARA MELHOR APRENDIZADO:
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